sexta-feira, 11 de setembro de 2009

A triste sina de Carolina

Destaques do depoimento de Carolina Salgado no Tribunal de S. João Novo, na passada terça-feira:

1. O livro 'Eu, Carolina'
"Ela [Leonor Pinhão] fez algumas rectificações sobre futebol"
«Quando confrontada pelos advogados de Fernando Póvoas e Pinto da Costa com a narração, no livro "Eu, Carolina", de um episódio de suposta excessiva sobredosagem de medicamentos que a deixaram de cama e sem reacção durante vários dias, disse, inicialmente (de manhã), que o seu livro "contém várias incorrecções", por não ter sido ela a fazer a "revisão".»
in JN, 08/09/2009

2. A encomenda de "servicinhos"
«A mulher que é tida como importante testemunha em vários do casos do Apito Dourado procurou, ainda, fazer crer ao colectivo de juízes não fazer parte da sua maneira de ser dar ordens para actos violentos. Mas foi confrontada com o caso das agressões ao advogado e ex-vereador do PS de Gondomar, em que confessou envolvimento. "Eu não mandei. Só intermediei a contratação de alguém" (...) "Na altura foi verdade e já lhe pedi desculpa. Fui intermediária (nas agressões a Ricardo Bexiga) mas não confirmo que tenha sido eu a mandar"»
in JN, 08/09/2009

3. O relacionamento de Carolina com Paulo Lemos
«Carolina Salgado mostrou-se muito hesitante e com muitos lapsos de memória quando foi interrogada pelo advogado de Pinto da Costa e não conseguiu clarificar em que momento deixou de confiar em Paulo Lemos, com quem, segundo este, terá mantido um relacionamento amoroso a seguir à separação.
Lemos terá sido quem, a mando de Carolina, provocou incêndios nos escritórios de Pinto da Costa e do advogado Lourenço Pinto, em Junho de 2006. Carolina negou ter tido qualquer envolvimento deste tipo com Lemos (...)
Carolina disse desconhecer ainda por que razão Lemos apareceu nos jornais a exibir um placa, um fato e um chapéu relativos às obras no Estádio do Dragão, objectos que pertenciam a Pinto da Costa»
Eugénio Queirós, Record, 08/09/2009

«confrontada com 10 chamadas e mensagens escritas, de facturação detalhada, alegadamente com Paulo Lemos, a 12 e 13 de Junho de 2006 (data dos incêndios e da suposta ordem para agredir Póvoas com martelo), fez por negar proximidade com aquele suposto executante dos crimes.»
in JN, 08/09/2009


4. Maria Elisa e Fernando Póvoas
«Em relação à alegada tentativa de agressão a Fernando Póvoas, que segundo a acusação terá sido encomendada por Carolina que o culpava pela sua separação de Pinto da Costa, a arguida respondeu que mantinha uma relação de amizade com o médico e que após a separação este lhe "deu algum apoio".
A alegada tentativa de agressão teria ocorrido após Póvoas ter promovido encontros entre Pinto da Costa e a jornalista Maria Elisa, o que teria provocado a separação do casal.»
in JN, 08/09/2009

«Carolina identificou Maria Elisa como um dos pomos de discórdia com o antigo companheiro. Carolina disse ter recebido uma fotografia, por telemóvel, no qual Pinto da Costa e "a jornalista Maria Elisa" surgiam juntos, numa fase em que ainda vivia com o líder dos dragões.»
Eugénio Queirós, Record, 08/09/2009

5. Os lapsos de memória
«Durante a sessão da tarde, a arguida foi questionada pelos juízes, Ministério Público e advogados de Pinto da Costa, Fernando Póvoas, Lourenço Pinto e por inúmeras vezes não soube "precisar" datas ou acontecimentos com que ia sendo confrontada.
Após uma breve pausa, justificou a sua "lentidão" de raciocínio com "a medicação" que toma para "relaxar" e acabou então por rectificar algumas declarações que havia prestado.»
in PUBLICO, 08/09/2009

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Eugénio Queirós


Nitidamente desiludido perante a desgraça que foi a primeira sessão de Carolina Salgado a depor em Tribunal, Eugénio Queirós, o marido de Tânia Laranjo (lembram-se dela?), concluiu o seguinte no seu blogue:

«Carolina Salgado caminha para o KO técnico. Depois de 3 horas a depor no tribunal de S. João Novo, a ex-primeira dama portista meteu os pés pelas mãos. Depois de ter dito que foi "apenas intermediária" na agressão a Ricardo Bexiga, confirmou pela primeira vez uma mãozinha da benfiquista Leonor Pinhão nos acabamentos do seu polémico livro e não convenceu ninguém quando tentou negar uma relação amorosa com Paulo Lemos, ex-arguido deste processo e figura-chave do mesmo no que toca aos casos relacionados com os incêndios dos escritórios de Lourenço Pinto e Pinto da Costa e de uma emboscada ao médico Fernando Póvoas. Dá para perceber que Carolina está nas lonas e que não consegue sequer decorar o guião dos seus advogados. O melhor que lhe pode acontecer neste julgamento é tudo acabar com absolvições para todos, tanto mais que começa a ser evidente que ninguém está a contar a verdade, embora a versão de Carolina seja claramente a mais incoerente. Um verdadeiro desastre.»

De facto, num país civilizado em que a Justiça funcionasse, bastava ouvir e ler o que Carolina já disse e escreveu, com contradições permanentes e auto-incriminações, para que ela estivesse em muito maus lençóis. Assim, o mais provável é que isto não dê em nada, a não ser que alguém financie um segundo livro ou uma sequela do filme do marido da Leonor Pinhão...

Mas por falar em pinhões, por onde andam a Leonor, o seu marido João Botelho, o Malheiro, o Barbas, a Maya e toda a corte de novos "amigos" de Carolina?
Numa altura destas, em que a pobre coitada está a ser apertada em tribunal, estou certo que lhe daria muito jeito umas testemunhas abonatórias, quanto mais não fosse para transmitirem algum conforto moral. Contudo, depois de a usarem, parece que os novos "amigos" já se esqueceram de Carolina. Nada que não fosse previsível.
Bem, não percamos os próximos episódios. O show de Carolina em Tribunal continua hoje.


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